domingo, 4 de junho de 2017

A dor.

  A dor de lutar com esse monstro, que por trás traz a morte da minha mãe, a dor da mudança, de encarar novas realidades, não é uma nova Fernanda, é uma Fernanda melhor.
  Encarar que os gestos são a maior prova de amor, que eu não preciso me matar pra guardar dinheiro pra comprar um AP, posso guardar mas não ficar paranóica com isso, nunca deixar de viajar, nunca deixar de comer algo gostoso, nunca deixar de sorrir. E enxergar que isso era algo que minha mãe falava TANTO e eu não conseguia entender, só hoje eu vejo.
 Eu não preciso esperar a dor chegar pra tomar remédios, eu não preciso esperar a dor chegar pra mudar, eu só preciso mudar porque é isso que vai fazer eu crescer.
A fernanda de antes: Sentiria um ciúmes doentio, tentaria controlar a vida do outro, não viveria se não fosse o centro do universo do outro.
A fernanda de hoje: Respeita a individualidade do outro, tudo bem em não ser o centro da vida do outro, gosta muito de sair com os amigos sozinha porque pode falar coisas que não poderia com outras pessoas, a fernanda de hoje não tem medo da mudança, a fernanda de hoje entende que se não for pra ser TUDO BEM, que tem amigos maravilhosos que estarão sempre ao seu lado e que a dor da perda da mãe será pra sempre, mas que não precisa ser tão angustiante ao ponto de paralisar (minha mãe não gostaria entende?) 

Eu mudei em tão pouco tempo conceitos que jamais mudaria se estivesse bem, então posso agradecer? 

Espero que sim, essa história vai se tornar algo lindo sim. 

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